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Fundos de Infraestrutura: saiba como eles funcionam

Dentro do mercado de fundos de investimento, uma modalidade que vem ganhando popularidade são os fundos de infraestrutura. Estes fundos são uma maneira prática que o investidor tem de investir em diversos setores vitais para a sociedade, como energia, saneamento e transporte. 

No texto de hoje, você vai entender como funcionam os Fundos de Infraestrutura, como você pode investir neste mercado, vantagens e muito mais. Confira! 

O que são fundos de infraestrutura? 

Como o próprio nome já indica, um FI-Infra é uma modalidade de investimento coletivo que destina a alocação dos recursos em ativos de crédito ou ações de empresas e projetos em setores como energia, telecomunicação, transporte, saneamento. 

Estes fundos podem ter diferentes estratégias, podendo focar desde debêntures incentivadas até mesmo investir no financiamento direto de obras de infraestrutura. Apesar de ser uma classe relativamente nova quando comparada a outras classes de fundos, ela tem apresentado um papel muito importante no desenvolvimento e inovação do setor.   

Dentro da classe de fundos de infraestrutura, as estratégias podem se diferenciar entre os setores e ativos, além de se diferenciar em riscos de projetos. Projetos que ainda não estão em fase operacional (greenfield), por exemplo, apresentam um maior risco. Projetos que já estão ativos (brownfield), porém, possuem um risco menor, pois geralmente já apresenta um fluxo de caixa. Consequentemente, os projetos greenfield tem maior expectativa de retorno em relação aos projetos brownfield.   

 A instituição financeira administradora tem a responsabilidade de formar o ‘fundo de infra’ e fazer a oferta de cotas para investidores com objetivo de captar os recursos financeiros para os investimentos no setor. A política de alocação dos recursos, como em outras modalidades de fundos, é determinada pelo regulamento do fundo — que também determina objetivos e prazos do fundo, por exemplo. 

Segundo as regulações da B3, os Fundos de Infraestrutura funcionam como um condomínio fechado, ou seja, os cotistas não podem fazer resgate de cotas antes de encerrado o prazo de duração do fundo. Desta forma, a única forma de executar uma saída antecipada do investimento é através da venda da cota no mercado secundário. 

Quais são as principais vantagens desse mercado?

Considerando a necessidade de investimento governamental no desenvolvimento deste setor, que é essencial para uma economia de um país, foram criados incentivos para o investidor, como a isenção do imposto de renda. Esse benefício se aplica para algumas estruturas de fundos do setor. 

Devido aos longos prazos de seus contratos e concessões dos projetos, a estabilidade e previsibilidade de caixa e receita também se apresentam como importantes pontos de vantagem do setor. Assim, estas vantagens se apresentam como uma redução na volatilidade quando comparada a outros ativos. 

Essas vantagens são otimizadas pelos contratos, que geralmente estão atrelados a inflação para reajustes. Deste modo, há uma proteção do capital investido, preservando o poder de compra no longo prazo. Esta específica proteção contra a inflação é muito presente em investimentos em economia real, como é o caso do setor infra e o imobiliário. 

Como investir em fundos de infraestrutura? 

Em termos gerais, existem três principais estruturas que possibilitam o investimento neste setor. Apesar dos fundos de infraestrutura geralmente apresentarem uma estrutura de condomínio fechado, ou seja, após o período de oferta os investidores não conseguem fazer novos aportes e os resgates são realizados apenas ao término do prazo de encerramento do fundo, a primeira opção trata de FI-Infra e os FIP-IR que geralmente são listados na B3, podendo ser negociados no mercado secundário gerando liquidez e acesso aos investidores. 

A segunda opção refere-se aos fundos de debentures incentivadas, constituídos na estrutura de condomínios abertos. Ou seja, o investidor pode fazer novo aportes a qualquer momento, desde que o fundo esteja aberto para captação, e pode resgatar o valor aportado quando desejar, e após os prazos de cotização e liquidação, estabelecidos previamente no regulamento, o valor ficará disponível na conta do cliente. 

Por fim, existem os fundos de Private Equity do setor de infra. Assim como os fundos de Private Equity tradicionais, essas estruturas já nascem com prazos estabelecidos e investem em participações de empresas no setor. Em geral, são 5 anos para o gestor investir o volume captado e mais 5 para desinvestir. Neste segundo momento, em que o gestor faz a venda das empresas investidas, o valor é devolvido para o cotista do fundo. Em teses de investimentos bem-sucedidos, a venda das empresas pode ocorrer rapidamente e o fundo pode ter um prazo menor do que o sugerido inicialmente. 

Quais as principais tendências do mercado de infraestrutura? 

Já se fala, há alguns anos, em investimentos ESG, que passa por um processo de análise mais rígido ligado a temas sociais, ambientais e de governança. E a mudança de fontes energéticas para energias renováveis são um dos tópicos quando o assunto é ESG. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, essa pauta ganhou ainda mais foco no debate chamando a atenção de muitos investidores relevantes e gestores de infraestrutura, pois há um entendimento que investimentos no segmento podem ser promissores. 

A abertura do mercado de energia no Brasil também direcionou a atenção para o segmento. Em janeiro de 2024, todos os consumidores de energia de alta tensão se tornarão elegíveis ao Mercado Livre de energia. Ou seja, consumidores com uma conta mensal acima de R$ 10 mil no mês terão a liberdade para negociar a contratação de energia com diferentes empresas. 

Existe uma possibilidade de a energia chegar ao consumidor 25% mais barata e com atendimento mais qualificado, justamente porque há um incentivo ao desenvolvimento e competitividade deste mercado. Esse movimento de abertura do mercado de energia já ocorreu no passado em outros países, apresentando fluxos fortes de investimentos para o setor e apresentando retornos consideráveis. 

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