Crises enfrentadas e decisões tomadas pelas grandes potências globais impactam as economias de diversos países — inclusive do Brasil. Afinal, graças à globalização, o contexto econômico no qual as nações estão inseridas é mundial, não individual.
Isso significa que acontecimentos marcantes em determinados países tendem a influenciar muitos outros, mesmo que eles não dividam o mesmo continente. Por esse motivo, é relevante acompanhar o que ocorre não apenas no Brasil, mas também em outros lugares do mundo.
Quer entender melhor como as grandes potências globais impactam na economia brasileira? Continue a leitura e confira!
O que é globalização?
Para entender como as grandes potências globais impactam a economia brasileira, é preciso falar de globalização. Trata-se de um processo de expansão política, econômica e cultural em nível mundial.
O processo teve origem no século XVI, conhecido como período das Grandes Navegações. Nessa época, iniciou-se a ampliação das trocas comerciais para outros países. Porém, com o desenvolvimento das tecnologias de transporte e comunicação, a globalização se acelerou bastante.
Como consequência, a distância e as fronteiras geográficas se tornam cada vez menores. Ademais, o avanço tecnológico contribuiu para o aumento das trocas comerciais entre os países e aumentou a velocidade em que elas acontecem.
Quais as principais características econômicas da globalização?
Também é importante conhecer as principais características econômicas do processo de globalização. Um dos elementos mais relevantes é a expansão do comércio mundial. Com a busca por vantagens competitivas, há um aumento da concorrência entre os mercados de cada país.
O processo também afeta o mercado financeiro, constituído por bancos e bolsas de valores, por exemplo. Nesse sentido, as bolsas podem atrair capital estrangeiro. A globalização também facilita a fusão entre o capital bancário e a produção industrial.
Logo, há concentração e centralização de capitais, permitindo a criação de empresas com grande poder econômico — conhecidas como transnacionais. Assim, elas se tornam capazes de produzir e vender em regiões distantes entre si.
Outra característica relevante é a presença de blocos econômicos. Isso porque os países perceberam que essa estratégia pode trazer vantagens competitivas em um cenário de ampla concorrência.
Normalmente, os blocos econômicos têm início com acordos que estabelecem zonas de livre comércio. Eles também podem definir uma tarifa externa comum, entre outras definições sociais, econômicas e políticas.
Quais as vantagens da globalização para economias mundiais?
Agora que você sabe mais sobre as características da globalização, precisa entender que esse processo traz diversos benefícios, oportunidades e desafios. Entre as vantagens, está o aumento do comércio para as empresas nos diversos países.
Ademais, os Governos têm mais oportunidades para fecharem acordos comerciais e concretizar negócios. O processo de globalização também proporciona oportunidades de emprego em diversas áreas de trabalho.
No setor financeiro, destaca-se a oportunidade de realizar investimentos que podem estar distribuídos em todo o mundo com maior praticidade. Também há mais oportunidades para financiamentos de dívidas fiscais, maior integração do sistema bancário mundial, entre outros fatores.
Quais os principais desafios apresentados por esse processo?
Além das vantagens apresentadas, a globalização envolve desafios para estruturas sociais e produtivas em diferentes escalas.
No mercado de trabalho, por exemplo, pode acontecer um processo similar ao advento de uma nova tecnologia. Ou seja, profissionais perdem espaço para novas práticas e habilidades mais eficientes, exigindo adaptações.
Além disso, a concorrência entre os países pode prejudicar o mercado local, exigindo que eles desenvolvam estratégias para fortalecer a economia.
Como as grandes potências globais podem impactar a economia brasileira?
Como você viu, existem diversas decisões e acontecimentos internacionais que podem afetar o Brasil. Fatores como cotação do real e do dólar, taxas de juros, preço de ativos e commodities, são afetados por movimentações em outros países.
Afinal, o Brasil é um dos principais exportadores de commodities e importa diversos produtos, como maquinários. Logo, as oscilações nos preços das commodities no mercado internacional afetam o mercado brasileiro.
Esse movimento também afeta os investidores. Se o preço do minério de ferro despencar, por exemplo, as empresas que exportam esse produto sofrerão os impactos negativos. Dessa forma, o preço de suas ações deve recuar devido ao movimento do mercado.
Por outro lado, se houver aumento no preço das commodities, essas companhias podem ser beneficiadas. Inclusive, toda a economia nacional pode ser impulsionada pela alta das exportações. Afinal, nesse cenário, a tendência é de aumento no Produto Interno Bruto (PIB).
Outro ponto está relacionado a questões como barreiras comerciais internacionais, que dificultam o avanço do comércio brasileiro para outros países. Isso acontece porque algumas nações dificultam a entrada de produtos brasileiros em seus territórios para evitar a concorrência com a produção nacional.
As flutuações de moedas são outro ponto que deve ser considerado quando se fala nas decisões internacionais que impactam o Brasil. Vale entender que o câmbio pode ser impactado tanto por questões internas quanto externas.
O dólar, por exemplo, costuma ter uma correlação negativa com a bolsa de valores brasileira (B3). Assim, quando a moeda tem alta, a tendência é de queda na B3. Esse movimento também tende a afetar a renda fixa.
Em um cenário de alta do dólar, pode haver fuga do capital de estrangeiros. Então o Banco Central pode aumentar a taxa de juros da economia, visando tornar os investimentos no Brasil mais atrativos.
Por que vale a pena conhecer essa dinâmica?
Com essas informações, você entendeu que as grandes potências globais podem impactar a economia brasileira e os investimentos. Portanto, é fundamental conhecer essa dinâmica para se proteger de instabilidades econômicas e aproveitar oportunidades do mercado.
Nesse sentido, é possível tomar decisões para proteger e manter uma carteira de investimentos sólida. Ter um portfólio diversificado, por exemplo, envolve ter investimentos descorrelacionados ou que tenham correlação negativa.
Com essa estratégia, a carteira fica mais equilibrada e eventuais baixas podem ser compensadas pelo avanço de outros ativos, por exemplo. Também é possível contar com a diversificação internacional para se expor a outros mercados.
Pela própria B3, é possível investir em BDRs (brazilian depositary receipts) e ETFs (exchange traded funds), por exemplo. Determinados fundos de investimento negociados nas plataformas das corretoras de valores também podem ajudar na adoção dessa estratégia.
Agora você sabe que como o mundo é globalizado e conectado, as decisões tomadas pelas grandes potências globais impactam a economia brasileira. Afinal, além das próprias situações internas de cada nação, elas se relacionam com o cenário internacional e afetam outros países.
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