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Entenda como funciona um Fundo de Private Equity

Seja qual for o seu perfil de investidor ou objetivos financeiros, é preciso saber avaliar a alternativa de investimento ideal para você. Nesse sentido, diversas opções são desconhecidas, dificultando essa tarefa. Por exemplo, você já conhece o fundo de private equity?

Eles investem em companhias de capital fechado, ou seja, aquelas que não estão listadas na bolsa de valores. Assim, trazem uma proposta diferente para os investidores, ampliando as oportunidades do mercado.

Ficou interessado no assunto? Então acompanhe a leitura até o final e entenda como funciona um fundo de private equity.

Não perca!

O que é um fundo de private equity?

Criado na década de 1980 nos Estados Unidos, os fundos de private equity são alternativas de investimentos voltadas para o longo prazo. Neles, investidores se reúnem para aportar capital em empresas que possuem potencial de crescimento, mas ainda não abriram seu capital.

No Brasil, eles são chamados de fundos de investimento em participações (FIP) e podem ser comparados aos fundos de ações. Isso porque a administração do capital do fundo também é feita por um gestor profissional, que fica encarregado por escolher as empresas nas quais se investirá.

No entanto, a principal diferença é que as companhias escolhidas pelo gestor não estão listadas na bolsa de valores. Portanto, esses fundos podem estar associados a um risco maior, enquanto também existe um maior potencial de retorno.

Após fazer o investimento, o fundo passa a ter uma participação societária relevante na companhia escolhida — e começa a participar de sua gestão. Assim, o objetivo é conduzir o empreendimento da melhor maneira possível, para obter resultados e proporcionar lucro aos cotistas no longo prazo.

Como esse tipo de fundo funciona?

O funcionamento de um fundo de private equity possui 3 principais fases: a captação de recursos, o aporte com a administração do investimento e, por fim, o desinvestimento.

Na primeira fase, os investidores interessados reúnem o capital que será necessário para adquirir as cotas das empresas com potencial de crescimento. Os recursos levantados são utilizados pelo gestor, que montará a carteira do fundo com as alternativas mais adequadas aos objetivos traçados.

Na próxima fase, o fundo passa a auxiliar na administração da companhia investida. Isso é feito visando aumentar as receitas, diminuir os custos operacionais e proporcionar o melhor ambiente para que a empresa possa crescer e gerar lucros.

Desse modo, é esperado que os resultados positivos apareçam e se consolidem, fazendo com que a companhia aumente seu valor de mercado. Por fim, é feito o desinvestimento, normalmente com a abertura de capital — por meio de oferta pública inicial (IPO) —, vendendo as cotas adquiridas.

Quais são as vantagens e desvantagens de investir nesses fundos?

Após verificar o que é um fundo de private equity e seu funcionamento, vale a pena conferir também suas principais vantagens e desvantagens. Confira!

Vantagens

Uma das principais vantagens de investir nesse tipo de fundo é a possibilidade de participar do processo de crescimento de uma empresa. Diferentemente do que ocorre em um fundo de ações, por exemplo, o investidor pode tomar decisões em relação ao futuro da companhia junto ao gestor.

Também conta como vantagem o alto potencial de retorno do investimento. Como são companhias que ainda estão em fase de desenvolvimento, a quantia necessária para investir costuma ser bastante inferior àquela que pode ser obtida caso a empresa realmente cresça.

Além disso, na hipótese de a companhia prosperar, podem surgir diferentes formas de desfazer o investimento. Por exemplo, por meio de IPO, com a venda da companhia, sua fusão com uma maior, além da compra por um FIP diferente.

Outro ponto vantajoso diz respeito à tributação. Os FIPs que investem em projetos de infraestrutura são isentos de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas — seja no recebimento de dividendos ou com o ganho de capital com a venda das cotas. Para os demais, incide uma alíquota de 15% sobre os lucros obtidos pelo investidor.

Desvantagens

A principal desvantagem está relacionada à restrição do investimento aos investidores qualificados. Isso significa que, para investir nessa modalidade de fundo, é preciso ter, no mínimo, R$ 1 milhão investidos ou possuir certificação técnica aceita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ademais, por ser um investimento de longo prazo que presta suporte financeiro para empresas em fase de crescimento, a liquidez pode ser baixa. Logo, se desfazer do investimento antes de atingidos os objetivos tende a ser mais difícil.

Outra desvantagem é a possibilidade de uma distribuição de dividendos menos frequente que outras alternativas de investimento. Logo, quem busca o recebimento de renda passiva precisa considerar essa questão.

Quais os riscos envolvidos?

Também é importante entender quais são os riscos de um fundo de private equity. Na prática, eles dependem da situação do negócio no momento do investimento e das condições do mercado.

Logo, embora vise companhias com potencial, as alternativas investidas podem não corresponder às expectativas — e isso aumenta os riscos dos aportes. Além disso, como é um tipo de investimento que faz mais sentido no longo prazo, você pode ter perdas financeiras se precisar antecipar o resgate.

Por fim, vale lembrar que, sendo uma alternativa de renda variável, não há garantias de retornos. Inclusive, há riscos de ter perdas financeiras.

Para quem esses fundos podem ser adequados?

Após verificar as vantagens, desvantagens e riscos dos fundos de private equity, é possível avaliar para quem eles são adequados. Geralmente, esse tipo de fundo de investimento costuma se alinhar aos investidores com maior tolerância aos riscos, como os investidores de perfil moderado ou arrojado.

Ou seja, é preciso estar ciente dos riscos envolvidos e ter disposição a enfrentá-los em troca da possibilidade de ter bons retornos. Ainda, como você viu, é preciso estar disposto a manter o capital alocado por prazos maiores.

Em regra, não é esperado que o investimento seja levantado em menos de 5 anos, podendo ultrapassar 10 anos. Portanto, se você busca retorno imediato, essa pode não ser a alternativa ideal.

E, caso entenda ser interessante a proposta de investir em fundos de private equity, eles podem ser acessados por meio das corretoras de valores. Esses veículos são disponibilizados na plataforma da instituição ou na bolsa de valores — e não se esqueça de que é preciso ser um investidor qualificado para investir.

Neste artigo, você aprendeu que os fundos de private equity podem ter um alto potencial de retorno, apesar dos riscos existentes. Caso você queira saber mais sobre essa alternativa, vale a pena tirar suas dúvidas com uma assessoria qualificada — como a Messem Investimentos.

Quer esclarecer dúvidas sobre esse e outros investimentos? Nós temos assessores de investimentos prontos para atender você. Entre em contato!

 



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