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Inflação brasileira: quais os impactos desse indicador nos seus investimentos?

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Você deve ter percebido que, a cada ano que passa, o seu dinheiro parece valer menos. No passado, apenas R$ 1 era o bastante para comprar 10 pães, por exemplo. Hoje, a mesma quantia talvez compre um único pão. Esse aumento de preços é causado pela inflação brasileira.

Porém, a inflação não impacta somente os bens de consumo — como o pão dado no exemplo. Ela afeta toda a economia do país e, inclusive, os seus investimentos. Por isso é importante conhecer as maneiras de se proteger de seus efeitos e fazer com que o seu dinheiro não perca poder de compra.

Neste artigo você aprenderá o que é a inflação, quais são os impactos nos seus investimentos e como se proteger dela. Não deixe de acompanhá-lo até o final!

Está pronto?

O que é a inflação?

A inflação é um dos indicadores mais importante do mercado financeiro. Ela representa a variação de preços ao longo do tempo. Com isso, costuma diminuir o poder de compra do dinheiro, podendo aumentar o nível de incerteza quanto à economia do país.

Fatores como a oferta e demanda ou a necessidade de reajustar os preços de produtos e serviços tendem a influenciar na inflação. Por exemplo, a redução na taxa de juros facilita o acesso ao crédito. Por consequência, o consumo tende a aumentar, elevando a demanda e os preços.

O mesmo pode acontecer na hipótese de reajuste de preços de um produto — que gera efeitos nos demais. Quando o preço do diesel aumenta, por exemplo, diversos outros produtos no mercado são impactados. Isso porque grande parte das mercadorias no país é distribuída por caminhões à diesel.

Para ter a inflação sob controle é comum que Banco Central (Bacen) defina uma meta para ano e interfira na economia quando necessário. Logo, acompanhar a inflação e seus efeitos pode ser bastante relevante — principalmente para quem quer investir.

Como ela funciona?

O cálculo da inflação é feito através de uma média ponderada dos preços de diversos produtos considerados importantes para o consumo das famílias. Quanto mais importante o item, maior será o seu peso na composição do cálculo.

Dentre eles, são observados bens e serviços como:

·         alimentação;

·         transporte;

·         habitação;

·         despesas pessoais;

·         educação

·         vestuário;

·         saúde.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é a principal referência da inflação no Brasil. Seu cálculo é realizado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mede a variação do custo de vida de famílias com até 40 salários mínimos de renda.

Quais são os tipos de inflação?

Após conhecer o conceito de inflação e como ele funciona, vale a pena conferir também seus 3 principais tipos. Veja!

Inflação de demanda

Como visto, a inflação de demanda está relacionada com a oferta e procura de produtos e serviços. Esse tipo é mais comum nos períodos em que há uma expansão no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Como efeito, pode gerar o aumento dos investimentos, salários, redução de desemprego, etc.

Inflação de custo

Essa modalidade de inflação ocorre quando a demanda do país se mantém constante, mas os custos de produção aumentam. Esse aumento no custo pode estar relacionado à matéria-prima, mão de obra, taxa de juros, entre outros. Seu impacto costuma reduzir a oferta, aumentando os preços.

Inflação inercial

A inflação inercial está relacionada à memória inflacionária. Ou seja, a inflação atual resulta do índice passado somado à expectativa de inflação futura. Geralmente, esse tipo de inflação atinge setores em que os preços são indexados e variam continuamente de acordo com um índice.

Quais são os seus impactos no dia a dia dos brasileiros?

Os impactos da inflação são perceptíveis no dia a dia do brasileiro. Afinal, como você viu, o dinheiro perde seu potencial de compra ao longo do tempo.

Há alguns anos, por exemplo, com menos de R$ 100 era possível abastecer o tanque de um veículo por completo. Em 2021, essa mesma quantia já não era capaz de fazer isso. O mesmo acontecia com à cesta básica — que, nos anos 2000, custava cerca de R$ 115. Já em 2021, ultrapassava os R$ 650.

E seus impactos também são sentidos nos investimentos, sejam eles de renda fixa ou variável. Isso porque você deve subtrair a variação da inflação da remuneração de um investimento, para saber o seu retorno real. Inclusive, pode acontecer da rentabilidade real perder para a inflação.

É o caso da poupança, por exemplo. Em agosto de 2021, o rendimento da caderneta foi de 3,67% ao ano. A inflação, por sua vez, estava em 8,35% no mesmo período. Então quem aplicou dinheiro na poupança perdeu poder de compra, ainda que o montante aplicado tenha aumentado.

Se os preços dos produtos subiram 8,35%, enquanto o valor obtido na caderneta aumentou apenas 3,67%, a diferença não foi positiva. Por exemplo, se um produto custava R$ 100 ele passou a custar R$ 108,35, enquanto os mesmos R$ 100 investidos na poupança passou a valer R$ 103,67.

Como se proteger da inflação?

Depois de ver como a inflação pode impactar seus investimentos, você deve estar interessado em saber como se proteger dela, não é mesmo?

Nesse caso, o melhor caminho é escolher investimentos que tenham um rendimento superior ao da inflação. Para isso, é possível conhecer investimentos que estejam indexados à inflação ou diversificar sua carteira com variadas alternativas — equilibrando o retorno esperado.

Por exemplo, o Tesouro IPCA é um título de dívida pública que fornece um rendimento superior ao da inflação. Isso porque seu retorno é 100% do IPCA + uma taxa de juros fixa. Determinados títulos de renda fixa privada também podem ter essa rentabilidade híbrida atrelada à inflação.

É viável, ainda, considerar a renda variável — que pode ter potencial de retorno maior, superando a inflação. Mas nesse caso é preciso fazer uma análise complexa, porque os riscos também são maiores do que na renda fixa. Além disso, os investimentos tendem a ser mais alinhados para o longo prazo.

Neste artigo você viu o que é inflação e como ela impacta no seu dia a dia, na economia e nos investimentos. Conheceu ainda algumas alternativas de investimentos para se proteger dela. Caso queira descobrir outras opções, vale a pena procurar uma assessoria — como a Messem.

Deseja ter uma carteira sólida e diversificada para se proteger da inflação? A Messem Investimentos conta com mais de 14 anos de experiência no mercado e pode ajudar você nessa jornada. Entre em contato!

 



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