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Investimentos em títulos federais sempre apresentam baixo risco? Descubra!

Como os investimentos em títulos federais apresentam baixo risco geral, eles costumam ser oportunidades muito procuradas pelos investidores. Porém, antes de recorrer a essas aplicações, também é importante considerar que determinadas condições podem elevar o risco delas.

Além disso, pode ser interessante conhecer outras alternativas para compor a carteira. Afinal, a renda fixa conta com diversas oportunidades que também podem trazer segurança para o seu portfólio — e aumentar o potencial de rentabilidade.

Neste artigo, você entenderá melhor o funcionamento dos títulos públicos federais — e os riscos envolvidos — e saberá quais são outras aplicações disponíveis para a sua carteira.

Confira!

O que é um título federal?

Um título federal, no mercado brasileiro, consiste em um investimento emitido pelo Tesouro Nacional. Esse é um instrumento de captação de recursos para o Governo Federal e estabelece uma relação de credor e devedor.

Ao investir nesse título, portanto, você se torna o credor de parte da dívida pública, contraída pelo Governo Federal do Brasil. Em troca, existem condições que definem o pagamento de uma rentabilidade sobre o valor investido.

Considerando as diferentes formas de pagar o retorno ao investidor, há três tipos principais de títulos públicos federais de dívida. São eles:

●        Tesouro Prefixado: rende de acordo com uma taxa fixa, definida antes mesmo do aporte. Ele pode fazer pagamentos de juros semestrais ou apenas no prazo de vencimento;

●        Tesouro Selic: é pós-fixado e acompanha o rendimento da Selic, que é a taxa básica de juros da economia definida na política monetária do Banco Central;

●        Tesouro IPCA: tem rentabilidade híbrida, composta por uma taxa fixa mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Também pode fazer o pagamento de cupons semestrais de juros ou prever o resgate apenas no vencimento.

Qual é o risco de investir em um título federal?

Agora que você conhece as características gerais dos títulos públicos, é interessante saber quais são os riscos associados a esse investimento. Como se trata de aplicações de renda fixa, o principal fator é o risco de crédito. Ou seja, a chance de não ocorrer o pagamento por parte do emissor.

No caso de um título de dívida pública, esse risco é extremamente baixo. Afinal, eles são garantidos pelo Tesouro Nacional. Além de ser a instituição mais sólida de um país, o Governo é o único que pode emitir mais papel-moeda, se for necessário.

Então, teoricamente, se o Governo não dispuser de recursos para honrar os compromissos financeiros, ele pode emitir mais papel-moeda para pagar os investidores. Contudo, note que uma situação do tipo significaria que todo o Sistema Financeiro Nacional foi afetado.

Além do risco de crédito nos investimentos, os títulos públicos federais apresentam baixo risco de liquidez. Como o Tesouro garante a recompra das aplicações, elas têm liquidez diária. Portanto, é possível fazer o resgate antecipado e receber o valor rapidamente.

Na prática, essas particularidades dão origem ao chamado risco soberano. Sendo assim, os títulos públicos tendem a ser as alternativas mais conservadoras e protegidas do mercado financeiro brasileiro.

Em geral, as características de proteção fazem com que os títulos públicos atraiam capital estrangeiro. Normalmente, isso acontece porque eles apresentam condições mais favoráveis, apesar do Risco Brasil — que é uma medida de instabilidade da economia brasileira.

Os investimentos em títulos federais sempre apresentam baixo risco?

Como você viu, os títulos federais costumam apresentar baixo risco, devido à forma como funcionam. Porém, é importante notar que eles não são totalmente livres de riscos — e que nem todas as alternativas são tão conservadoras.

Ao observar a liquidez diária do Tesouro Prefixado e do Tesouro IPCA, por exemplo, é necessário considerar que eles são afetados pela marcação a mercado. Esse é um mecanismo de precificação de títulos no resgate antecipado.

Nesse caso, o preço de venda varia diariamente e depende, entre outras condições, do comportamento da curva de juros. Se existir a expectativa de aumento dos juros, a tendência é que os títulos futuros tenham um retorno maior do que as aplicações já emitidas.

Portanto, ao resgatar um título nessas condições, o preço dele pode ser menor que o valor investido inicialmente. Logo, você pode ter prejuízo caso precise vender antecipadamente essas aplicações, ainda que elas sejam de renda fixa.

Dessa forma, você percebe que os títulos públicos podem apresentar mais riscos em determinadas situações. Mas existe a garantia de previsibilidade do retorno de títulos públicos prefixados e híbridos se eles forem levados até o vencimento.

Quais são outros investimentos para compor a carteira?

Como você viu, os investimentos em títulos federais apresentam baixo risco. Porém, também existem situações em que é preciso ter atenção em relação à segurança — como diante da incidência da marcação a mercado.

Além disso, vale saber que uma das maneiras de gerir os riscos é diversificar sua carteira. Assim, as aplicações públicas não são as únicas opções seguras do mercado financeiro. Você pode investir em outros títulos de renda fixa.

É possível escolher, por exemplo, títulos privados de renda fixa, como:

●        certificado de depósito bancário (CDB);

●        letra de crédito imobiliário (LCI);

●        letra de crédito do agronegócio (LCA), entre outras.

Em relação à segurança, muitos títulos privados de renda fixa tem proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa entidade sem fins lucrativos pode ressarcir investidores, caso o emissor não consiga pagar o retorno acordado.

O limite do FGC é de R$ 250 mil por CPF e instituição. Além disso, existe um limite global de R$ 1 milhão, que é renovável a cada 4 anos.

Ainda, é possível conferir a avaliação de risco (rating) de títulos privados de renda fixa para identificar os mais seguros. Já sobre a liquidez, você poderá encontrar alternativas com liquidez diária, como acontece com os títulos públicos.

Se preferir, existem os fundos DI. Esses são fundos de investimento que alocam a maior parte dos recursos em títulos públicos. O objetivo é replicar o desempenho do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), um dos indicadores mais importantes da renda fixa.

Conclusão

Neste artigo, você descobriu que investimentos em títulos federais apresentam baixo risco na maioria dos casos. Porém, existem situações em que os riscos se elevam. Além disso, é possível buscar outras aplicações da renda fixa para compor sua carteira e diversificar os riscos.

Ainda tem dúvidas sobre as oportunidades do mercado financeiro? Entre em contato conosco da Messem Investimentos e fale com um de nossos assessores!